"Vivia a te buscar porque pensando em ti corria contra o tempo. Eu descartava os dias em que não te vi..." Chico Buarque
Chico Buarque é muitos em um...soberano na poética da singeleza do sentir e do dizer. Pegando carona com ele na transparência das palavras, pois decididamente sou bem melhor escrevendo do que orando, o sentir de minhas veias impulsionam o sangue da cabeça para os dedos e assim falo, ou melhor escrevo.
Na iteligencia que divinamente vivencio, tenho dentro de mim dois Chicos, um Buarque e um rio...o meu verbo é a poesia, a minha alegria é o meu equilíbrio, a minha paz é um lindo sorriso mas meu destino quer seguir a correnteza que me leva sempre ao mesmo lugar, concorrendo comigo que quer parar nas margens possíveis e me agarrar.
Há penar quando estas veias estão a poetizar, essa inteligencia faz em mim uma grande diferença, pois a poetiza que sabe o que fala também sabe o significado do que escuta, ver e sente, a poetiza em mim que vê lá na frente a possibilidade concreta de felicidade e se indigna com as fragilidades alheias, porque poetas sabem o real significado do que veramente tem peso.
O meu Chico boêmio ama letra, ama música, ama a noite com uma boa companhia, inteligencia na medida certa com pitadas leves de ousadia, esta sim é a melhor companhia da boemia, um boteco não é completo sem os atores principais: o boêmio e suas falas; o coadjuvante perfeito apenas completa o cenário, o coadjuvante perfeito ama escutar um boêmio, e sua fala se torna sempre um complemento.
O meu Chico rio, segue a correnteza, vai parar nas margens, sempre aprende mais, sempre se prepara mais, cada vez mais vai viver mais, esse meu Chico Rio quando bate em obstáculos, não para, fica mais profundo, segue o fluxo até por debaixo de águas, e mesmo quando enxerga turvo aguça os sentidos, conclui cada novo percurso de forma aprimorada até o dia de não haver mais margens e se entregar por completo ao mar que seja veramente digno de lhe abraçar.
Assim é Chico, Assim sou eu...
RV
