segunda-feira, 27 de abril de 2009

Amor não tem escolha, nem falso substantivo...o amor simplesmente acontece!

"Tenho um amigo que, há um mês atrás, confessou-me estar interessado em um Lance. Não era Namorada, não era Ficante, não era Paixonite. Era simplesmente um Lance. Paulo, sem perceber, estava fazendo o que homens espertos dizem fazer: tentando não se apaixonar. Claro que ele não sabia disso. Tudo faz parte da defesa natural de qualquer um quando o desconhecido invade nossas vidas e mexe com a gente.

Poucos são aqueles que conseguem beijar na boca, ter uma noite de sexo satisfatória e simplesmente continuar como se nada tivesse acontecido. Claro que tem aqueles que ladram, que cantam vitória, mas estes são os mais propensos a se apaixonar. Paulo, seja esse o jeito dele ou não, me fez inevitavelmente pensar: existe amor a primeira vista? Como entregar-se a alguém com segurança, sem medo de se machucar? Há maneiras de evitar o risco?

Tâmara deixou um recado essa semana na minha secretária eletrônica dizendo ter conhecido uma nova pessoa. Jane, de acordo com ela, é a primeira mulher que fez com que se sentisse a vontade logo no primeiro encontro. Juntas, conversaram sobre trabalho, vida pessoal, futuro e trocaram confidências. Juntas, tentaram pisar no breque quando a luz da paixão começou a brilhar. E juntas, não resistiram esperar uma semana para se entregar uma a outra de corpo e alma. Tâmara jura, com um sorriso no rosto, que ainda não está namorando. Dou um mês para que ela diga o contrário.

Sueli tentou de todas as formas resistir ao vizinho, que insistia em namoro quando tudo o que ela queria era distância de homens e suas promessas. Uma sedução bem feita aqui, uma garrafa de vinho acolá e Sueli resolveu dar uma chance. Com cuidado, para não se apaixonar. Na semana passada, seu discurso já falava de casamento e filhos com o galante rapaz.

Existe sim amor a primeira vista. As paixões inesperadas, que arrebatam nossos corações, são as mais gostosas de sentir. São aquelas que começam em um calafrio na espinha dorsal e terminam com o coração batendo mais forte. A melhor maneira de se entregar a alguém sem medo de ser feliz, é saber ouvir os sinais do próprio corpo. Por que tenho ciúmes? Por que penso tanto antes de tudo? Por que quero estar junto? Por que quero fugir? Por que me incomoda? Por que me alivia? São tantos os sinais e mesmo assim não é fácil.

Para Paulo, vinte dias longe do Lance fizeram com que ele mudasse seu conceito, com direito a declarações públicas de amor. Já para outros, basta apenas o primeiro beijo. Não tem mistério. A dica é lembrar que a única verdade é que o certo é inevitavelmente certo e o errado, uma chance divina para tentarmos de novo. Afinal, Nossa vida é fruto de nossas escolhas e é disso que é feito um homem: UM HOMEM É O FRUTO DE SUAS ESCOLHAS."

Posted by Admin on Wednesday, October 18th, 2006 at 12:46 am

De forma simples e breve, resgato à mim a mensagem de que meus erros foram chances divinas para se tentar de novo e os acertos são meus objetivos, pois sou fruto de minhas escolhas e nunca é tarde para se fazer a escolha certa, e como o amor não é uma escolha, quero ser sábia o suficiente para ver um novo amor acontecer.

RV

terça-feira, 21 de abril de 2009

As cordas do violino de Paganini..

"ERA UMA VEZ um grande violinista chamado PAGANINI.
Alguns diziam que ele era muito estranho.
Outros, que era sobrenatural.
As notas mágicas que saiam de seu violino tinham um som diferente,
por isso ninguém queria perder a oportunidade de ver seu espetáculo.
Numa certa noite,
o palco de um auditório repleto de admiradores
estava preparado para recebê-lo.
A orquestra entrou e foi aplaudida.
O maestro foi ovacionado.
Mas quando a figura de Paganini surgiu,
triunfante,o público delirou.
Paganini coloca seu violino no ombro
e o que se assiste a seguir é indescritível.
Breves e semibreves,
fusas e semifusas,
colcheias e semicolcheias
parecem ter asas e voar com o toque daqueles dedos encantados.
DE REPENTE, um som estranho interrompe o devaneio da platéia.
Uma das cordas do violino de Paganini arrebenta.
O maestro parou.A orquestra parou.O público parou.
Mas Paganini não parou.
Olhando para sua partitura,
ele continua a tirar sons deliciosos de um violino com problemas.
O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar.
Mal o público se acalmou quando,
DE REPENTE,um outro som pertubador derruba a atenção dos assistentes.
Uma outra corda do violino de Paganini se rompe.
O maestro parou de novo.
A orquestra parou de novo
Paganini não parou.
Como se nada tivesse acontecido,
ele esqueceu as dificuldadese avançou tirando sons do impossível.
O maestro e a orquestra, impressionados voltam a tocar.
Mas o público não poderia imaginaro que iria acontecer a seguir
Todas as pessoas, pasmas, gritaram
OOHHH!Que ecoou pela abobadilha daquele auditório.
Uma terceira corda do violino de Paganini se quebra.
O maestro pára.A orquestra pára.A respiração do público pára.
Mas Paganini não pára.
Como se fosse um contorcionista musical,
ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído.
Nenhuma nota foi esquecida.O maestro empolgado se anima.
A orquestra se motiva.
O público parte do silêncio para a euforia,da inércia para o delírio.
Paganini atinge a glória.
Seu nome corre através do tempo.
Ele não é apenas um violinista genial.
É o símbolo do profissional
que continua diante do impossível."



Texto escolhido e citado por Maria de Fátima Bezerra Cavalcanti, em seu discurso de posse como Vice-presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, em 17 de abril de 2009. Dia em que dedicou sua posse à todas as mulheres paraibanas, ressaltando seus valores e mais ainda, a função da verdadeira mulher: SER MEDIADORA, capaz de tirar, tal como Paganini, até na dificuldade, as mais belas notas músicais de um violino, mesmo quando porventura uma, duas ou mais cordas deste violino se rompam. Ensinando assim, que uma mulher não basta apenas ser inteligente, acima de tudo temos de ser coerentes o suficiente ao como se expôr e bem expor no/o espetáculo da vida.

RV

sábado, 4 de abril de 2009

Deus é Pai...

Quando o sol ainda não havia cessado o brilho,
Quando a tarde engolia aos poucos
As cores do dia e despejava sobre a terra
Os primeiros retalhos de sombra,
Eu vi que Deus veio assentar-se
Perto do fogão de lenha da minha casa.
Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
E buscou um copo de água no pote de barro,
Que ficava num lugar de sombra constante.
Ele tinha feições de homem feliz, realizado
Parecia imerso na alegria que é própria
De quem cumpriu a sina do dia e que agora
Recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.
Eu o olhava e pensava:
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Como é bom viver essa hora da vida
Em que eu tenho o direito de ter um Deus só pra mim,
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
Puxar a caneta do seu bolso
E pedir que ele desenhasse um relógio
Bem bonito no meu braço.
Mas aquele homem não era Deus.
Aquele homem era meu pai
E foi assim que eu descobri
Que meu pai como o seu jeito finito de ser Deus
Revelava-me Deus com seu jeito infinito de ser
Homem.